sábado, 3 de dezembro de 2011

A coluna do aprendiz n°2

Que todos estamos vivendo a Era da Comunicação ninguém mais duvida. Já se tornam factuais as especulações de que no final do século XX e início do XXI a comunicação ganharia importância cada vez maior.
Do advento da televisão em meados de 1930 até o surgimento da fibra ótica, a humanidade viu a barreira da distância física ficar cada vez ‘menor’, ainda que como efeito colateral se tenha um alargamento emocional do espaço entre as pessoas.
O que muitos acreditam, erroneamente, é que o cerne da era da comunicação não está em se ter um aparelho ligado à rede mundial de computadores, permitindo que um brasileiro que mora em Portugal se comunicar, em tempo real, com um amigo que mora no Japão, por exemplo. Não, muito pelo contrário. O grande segredo da era da comunicação está nas relações eu-tu. Saber identificar as necessidades do expectador (seja ele um amigo em uma conversa informal ou um cliente em busca de solução) é a parte crucial deste momento magnífico em que a humanidade experimenta. Por mais que se conquistem tecnologias cada vez mais avançadas, de nada elas adiantariam se os seus detentores não souberem fazer proveito da arte de ouvir, compreender e transmitir.
Obviamente o atributo da comunicação requer uma premissa de que haja conhecimento prévio do ambiente no qual o ser humano se encontra. Deste modo, qual seria a utilidade de um indivíduo habilitado a advogar se ele não sabe vender o seu conhecimento? De que adianta alguém fazer uma brilhante carreira acadêmica se, no ato de lecionar, este se perde em introspecções mirabolantes e não transmite seu conhecimento para o corpo discente?
É do saber coletivo que pertencemos à espécie Homo sapiens sapiens, ou seja homem que sabe que sabe. Porém, na Era da Comunicação, aqueles que conhecem e exercitam a arte de verdadeiramente se comunicar, podem ser apontados como vanguardistas da subespécie ‘sabe dizer o que sabe’.
Portanto, não sejamos simplistas a ponto de achar que possuir uma biblioteca particular em pdf ou uma conexão em banda larga  são atributos máximos da Era da Comunicação; a verdadeira riqueza está na sensibilidade que o indivíduo estabelece com a comunicação em si, compreendendo o fabuloso ato de se relacionar. 

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